Após dois anos de cativeiro, 20 reféns vivos dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 foram libertados pela facção nesta segunda-feira (13). O grupo foi devolvido em dois lotes, sete nas primeiras horas da manhã e um segundo grupo de 13 reféns transferido em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, informou a emissora pública israelense.
Israel confirmou que os 20 reféns já chegaram ao país.
De acordo com fonte do Exército israelense, o Hamas permitiu mais cedo o contato, por chamada de vídeo e por meio da Cruz Vermelha, de familiares com ao menos três reféns, Matan Tseuganker, Nimrod Cohen, Ariel e David Kuneo. Os três ainda não haviam sido devolvidos quando isso aconteceu.
Metade dos 28 corpos daqueles que morreram sob poder do Hamas no território palestino também devem ser devolvidos nesta segunda, enquanto o restante deve ser entregue nas próximas etapas da trégua acordada na semana passada entre a facção e Israel. O número inclui os restos mortais de um soldado israelense morto em 2014 em uma guerra anterior em Gaza também devem ser devolvidos.
O acordo de paz, baseado em um plano de 20 pontos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevê ainda que Tel Aviv liberte 250 prisioneiros palestinos e 1.700 moradores de Gaza detidos desde o início do conflito.
Trump desembarcou em Israel também no início desta segunda. Ele foi recebido em um tapete vermelho no aeroporto Ben Gurion pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e pelo presidente Isaac Herzog.
Os últimos dias foram de celebração em Israel, após o anúncio do acordo. No sábado, dezenas de milhares de israelenses, muitos com camisetas com imagens dos reféns, se reuniram no local que ficou conhecido como Praça dos Reféns, em Tel Aviv, diante de um telão que marcou os 735 dias desde os atentados do Hamas.
Participaram do evento o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, o genro de Trump, Jared Kushner, e a filha do presidente, Ivanka Trump. Eles foram aplaudidos ao falarem no palco, mas a menção ao nome do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, provocava vaias.
Fonte: Folha de S. Paulo