Bolsonaro põe espionagem de Lula nas eleições de 2022 na conta de um aliado; Saiba quem
Por CompartilharnaRede
Jair Bolsonaro (PL) negou que esteja envolvido com o pensamento e execução da ideia de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com o ex-chefe do executivo brasileiro, essa iniciativa foi do general da reserva Augusto Heleno. Vale lembrar que o militar foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante parte do governo do ex-presidente. A fala de Bolsonaro aconteceu durante uma entrevista à TV Record.
Em dado momento, o Heleno falou que ia seguir os dois lados, se inteirar dos dois lados. É o trabalho da inteligência dele, que eu não tinha participação nenhuma", disse Bolsonaro durante a entrevista.
Essa questão, inclusive, foi mencionada pelo general durante a reunião com Bolsonaro, realizada no Palácio do Planalto em 2022 e consta no vídeo apreendido pela Polícia Federal (PF) após acordo de deleção premiada com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. O vídeo, inclusive, foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (9). Ainda sobre o assunto, Bolsonaro reforçou que não usava os serviços de inteligência.
As inteligências, eu raramente usava as que nós temos, das Forças Armadas, a própria Abin, a Polícia Federal. Não vejo nada demais naquilo. O Heleno queria se estender sobre o assunto, eu falei que não era o caso. Vai fazer uma operação, faça. A Abin tem esse poder de fazer operações para preservar as pessoas até", ponderou Bolsonaro.