Brasil apoia soberania da Argentina sobre Ilhas Malvinas: Legitima
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05 de Janeiro de 2024
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"Em linha com a posição argentina, o Brasil favorece a criação de ambiente de confiança que contribua para a retomada das negociações bilaterais, conforme recomendam as resoluções das Nações Unidas", apontou o Itamaraty - (crédito: Conrad Hotels e Resorts/Divulgação)
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O governo brasileiro afirmou que a Argentina tem "legítimos" direitos" para defender novas discussões bilaterais com o Reino Unido sobre a disputa pelo território das Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes. O presidente argentino Javier Milei deseja o controle do local e quer retomar conversas sobre o assunto.
Em nota, o Itamaraty apontou que o compromisso brasileiro com o apoio aos direitos argentinos foi reafirmado, recentemente, na Declaração Conjunta por ocasião da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Argentina, em janeiro de 2023, e no Plano de Ação para o relançamento da Aliança Estratégica Brasil-Argentina, aprovado em junho de 2023.
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"A posição brasileira inscreve-se também na visão da América do Sul como região de paz e cooperação, conforme reafirmado no Consenso de Brasília, aprovado por todos os países sul-americanos em maio de 2023, e na prioridade atribuída à manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação", apontou.
"Na data que marca os 191 anos da ocupação britânica das Ilhas Malvinas, o Brasil reafirma seu apoio aos legítimos direitos da Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes. A posição do Brasil remonta a 1833, quando o embaixador brasileiro em Londres foi instruído a coadjuvar o protesto argentino junto ao Governo britânico pela ocupação das Ilhas".
"O Brasil favorece a criação de ambiente de confiança que contribua para a retomada das negociações bilaterais, conforme recomendam as resoluções das Nações Unidas, organização na qual a disputa é tratada, desde a década de 1960, como um tema de agenda de descolonização", concluiu. Há 41 anos, o arquipélago do Atlântico Sul, situado a 400km do litoral argentino e a quase 13 mil quilômetros do Reino Unido, foi palco de uma guerra de 74 dias, que deixou quase mil mortos. A Argentina defende que as ilhas, herdadas da coroa espanhola após sua independência, foram ocupadas por tropas britânicas em 1833. Uma resolução da ONU de 1965 reconhece um conflito pela soberania do território e insta ambos os países a negociar.
O Ministério das Relações Exteriores apontou ainda estar "em linha com a posição argentina".
Fonte: Correio braziliense