Desafios para manter a erradicação da poliomielite no Brasil
Por CompartilharnaRede
No vasto Sertão da Paraíba, a cidade de Sousa destaca-se não apenas pelos seus sítios destruídos com vestígios pré-históricos, mas também por um importante capítulo da saúde pública brasileira. Foi lá que se registrou o último caso de poliomielite do país, em 1989. Desde então, a vacinação tornou-se a chave mestra para manter essa doença fora do território nacional. Entretanto, os desafios para manter a erradicação da poliomielite no Brasil são constantes e desativar os esforços contínuos da saúde pública.
Situação Atual da Vacinação contra a Poliomielite no Brasil
Após alcançar um índice exemplar de vacinação em 2015, com 96,5% das crianças imunizadas, o Brasil viu seus números caírem significativamente nos anos seguintes. Em 2021, apenas 71,3% das crianças foram vacinadas, um número que preocupa as autoridades de saúde. A pandemia de COVID-19 exacerbou a situação, afetando as campanhas de vacinação e elevando o risco de retorno da doença.
Para reverter esse quadro, o Ministério da Saúde tem implementado novas estratégias para aumentar a cobertura vacinal. Em 2023, as taxas de vacinação passaram a apresentar melhorias, com 85% das crianças menores de um ano recebido o primeiro ciclo de imunização até o primeiro semestre de 2024. Esses números são esperançosos, mas ainda estão abaixo do ideal. Manter a erradicação da poliomielite no Brasil depende de vigilância constante e compromisso em garantir que a vacinação atinja os patamares necessários para evitar o retorno da doença.
Garantindo a Continuidade da Erradicação da Poliomielite
O sucesso dessa missão coletiva não depende apenas de campanhas eficazes, mas também do compromisso da população. Deivson Rodrigues, a última pessoa com poliomielite no Brasil, é um ativo defensor da vacinação. “Incentivo sempre os pais a vacinarem seus filhos. É um ato de amor que pode prevenir consequências devastadoras”, ele compartilha. Esse tipo de engajamento é crucial para manter a erradicação da poliomielite no Brasil.
Com esforços renovadores e a colaboração de todos, o Brasil pode manter a poliomielite em seu passado e proteger as gerações futuras desta doença incapacitante. A erradicação da poliomielite é um exemplo brilhante do poder da prevenção e da importância da vacinação. Não deixemos que essa luz se apague. Manter a erradicação da poliomielite no Brasil é um desafio contínuo, mas possível com a união de esforços entre governo, profissionais de saúde e a comunidade.
Quem deve se vacinar contra a poliomielite no Brasil?
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a poliomielite para os seguintes grupos:
Crianças
Todas as crianças menores de 5 anos deverão receber as doses de acordo com o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI):
- 3 doses da vacina inativada (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de idade;
- 2 doses de reforço da vacina oral bivalente (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Crianças que não completaram o esquema vacinal deverão ser imunizadas o mais rápido possível para garantir a continuidade da erradicação da poliomielite no Brasil.
Adultos
Viajantes para países com risco de poliomielite:
- Adultos que não foram vacinados ou que não têm certeza do seu histórico vacinal devem tomar 3 doses da VIP com intervalo de 4 a 6 semanas entre elas. Gestantes e mulheres que amamentam também devem seguir essa recomendação.
Pessoas com imunodeficiência:
- Pessoas com imunodeficiência primária ou secundária devem seguir as orientações específicas de um médico sobre a vacinação contra a poliomielite.
Conclusão
Manter a erradicação da poliomielite no Brasil é um desafio que requer vigilância constante, campanhas de vacinação eficazes e o compromisso de toda a sociedade. A queda nos índices de vacinação nos últimos anos ressalta a necessidade de esforços contínuos para garantir que a doença não retorne. Com a colaboração de todos, é possível manter a poliomielite como uma lembrança do passado e proteger as gerações futuras dessa doença devastadora. A vacinação é um ato de amor e responsabilidade que pode salvar vidas e manter a saúde pública no caminho certo.
Fonte: BMCNEWS