Estudante é expulsa de faculdade após denúncia por crime cometido há quatro anos; Entenda
Por CompartilharnaRede
Uma jovem estudante, condenada a 18 meses de detenção após matar a melhor amiga com um tiro no rosto em 2020, foi expulsa do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic após uma denúncia anônima de seu crime. Informações são da coluna True Crime, do jornal O Globo.
A jovem estudava na unidade de Campinas, em São Paulo, e foi expulsa após o Comitê de Compliance da instituição receber uma denúncia. Segundo a São Leopoldo Mandic, foi realizada uma investigação que constatou que a presença da aluna "gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico".
Segundo a publicação, uma aluna do 5º ano de medicina espalhou pela faculdade que a estudante havia sido condenada por homicídio, o que teria feito ela passar a ser rejeitada pelos colegas.
Aos 14 anos, em julho de 2020, a amiga de Isabele praticavam tiro esportivo junto com os irmãos e os pais. A Polícia Civil indiciou a jovem por ato infracional análogo a homicídio doloso em 2 de setembro do mesmo ano. Ela ficou cerca de 18 meses detida em uma unidade para menores infratores.
Por ser menor de idade na época, a divulgação de sua identidade é vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Após a repercussão do caso, a Faculdade São Leopoldo Mandic se pronunciou.
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Confira a nota:
Em relação ao caso da aluna ingressante no curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, a Instituição tomou conhecimento do fato a partir de uma denúncia feita ao Comitê de Compliance.
Foi feita uma apuração e constatado que a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico.
Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa.
A Faculdade tem como nortes a estabilidade de sua comunidade, a dignidade acadêmica e o respeito aos princípios éticos que regem o ensino superior, para o que se faz necessário afastar riscos à reputação e imagem da Instituição, construída ao longo dos últimos 30 (trinta) anos.
A jovem ainda poderá recorrer da decisão. A mensalidade da instituição custo cerca de R$ 13 mil.