Você tem muitos gases? Descubra como se livrar deles!

Por CompartilharnaRede

Descubra como se livrar deles!

Gases em excesso, arrotos frequentes e a sensação de inchaço no abdômen. Muitas são as pessoas que apresentam estas características, causadas pelo aumento dos gases intestinais. Para se ter uma ideia, segundo o "Estudo SIM Brasil – Saúde Intestinal da Mulher", coordenado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), 67% das mulheres entrevistadas sofrem de problemas intestinais. Ainda de acordo com o levantamento, os problemas gastrointestinais mais comuns são gases, inchaço, sensação de peso e prisão de ventre.

O estudo entrevistou 3.500 mulheres, entre 15 e 60 anos em dez capitais brasileiras.Desta forma, pode-se concluir que um intestino em má funcionamento afeta negativamente também a vida sexual das mulheres, além de impactam no humor e causar cansaço e perda de concentração. No entanto, apesar de ser um problema que traz muito desconforto, pouquíssimas pessoas dão importância a estes sintomas. "Isso ocorre porque muitos consideram esse problema normal", diz o gastroenterologista Eduardo Usuy Jr., gastroenterologista pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).Você sabe o que é flatulência?"É o aumento da produção de gases, ocasionada pela fermentação excessiva dos resíduos alimentares - no intestino - ocasionada pelas bactérias do próprio órgão. Estes gases provocam uma distensão abdominal e, com isso, a barriga incha, causando dores e desconforto.

Quem sofre disso costuma se queixar que este mal-estar acontece principalmente no final do dia", explica Eduardo, ex-presidente da Sociedade Catarinense de Gastroenterologia e da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva de Santa Catarina.No entanto, o que as pessoas desconhecem é que um intestino saudável é sinônimo de saúde. Nele estão cerca de 100 milhões de neurônios conectados com o cérebro e mais de 70% das células de defesa do nosso corpo. Além disso, é no intestino que se origina a maior concentração de serotonina no organismo, um dos hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar.

De acordo com o médico gastroenterologista Fernando Valério, especialista em cirurgia do aparelho digestivo e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a eliminação desses gases, ou flatos, acontece numa média de 10 a 20 vezes ao dia em pessoas normais. Mas essa produção varia e está associada a hábitos alimentares (dieta) e fatores individuais, como segurar uma ida ao banheiro com frequência. "Além disso, os gases podem indicar ainda algumas doenças intestinais como a constipação intestinal, a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e outros quadros que podem obstruir o funcionamento do intestino", adverte Fernando.

Os gases se formam de duas formas: com o ar que engolimos (aerofagia) durante as refeições e na respiração, ou por causa da produção de gases pelas bactérias do nosso intestino, sendo a primeira a principal fonte de gases no estômago. Fernando explica que esse ar que ingerimos contêm nitrogênio e oxigênio como os principais gases. Entretanto, essa certa quantidade ingerida é natural quando comemos alimentos e bebemos líquidos. Já a produção de gases no intestino ocorre devido a fermentação de bactérias ali localizadas, especialmente quando ocorre a digestão de proteínas, açúcares e gorduras.

Causas mais comuns dos problemas intestinaisAinda segundo o estudo "Estudo SIM Brasil – Saúde Intestinal da Mulher", as causas mais comuns para os problemas intestinais acontecerem são a má alimentação (77%), o estresse e o aborrecimento (61%), o sedentarismo (52%), o cansaço ou falta de tempo (45%) e, para 40%, ficar sentado por longos períodos. Por isso, ir ao banheiro com regularidade e evitar "segurar" essa ida ajuda a evitar o problema. "Deve-se prestar atenção na frequência que se vai ao banheiro. O recomendado é ir entre três vezes ao dia ou uma vez a cada três dias. Mais ou menos é sinal de que algo vai mal. Caminhar ajuda a liberar os gases", diz a nutricionista Paula Castilho.

"O diagnóstico é feito por um exame chamado teste do hidrogênio expirado, no qual a pessoa sopra em um aparelho que identifica se há aumento de hidrogênio, o gás produzido quando as bactérias do intestino fermentam o alimento em excesso. O tratamento pode ser feito com antibióticos específicos. Hoje a gastroenterologia está bem avançada neste assunto e oferece o tratamento correto para melhorar a qualidade de vida do paciente", completa Eduardo Usuy Jr. Quer saber mais sobre o assunto.

Comer muito rápido e mascar chiclete contribuem para a formação de gases.
"O que acontece é que algumas pessoas têm um aumento dos gases porque comem muito rápido os alimentos ou porque têm o hábito de mascar chiclete. Além disso, ingerir líquido em grandes goles ou bebidas gasosas, assim como fumar, também estimula a produção de gases. Isso porque o ato de engolir o ar, chamado de aerofagia, é que causa o acúmulo de gases no estômago e tem associação direta também com a ansiedade. O principal sintoma é a eructação [arroto], que pode ser involuntária ou voluntária, e ocorre principalmente após as refeições", destaca o médico gastroenterologista Fernando Valério.

Produção de gás no intestino ocorre por causa da fermentação de bactérias

"A intolerância à lactose também pode ter relação com a formação de gases e, por isso, a ingestão de leite, queijos, iogurtes e manteigas deve ser revista. Além disso, alguns vegetais e legumes como brócolis, couve-flor, batata, feijão, repolho, batata-doce e aspargo têm a digestão incompleta. E com isso, habitualmente, permitem a ação das bactérias, relacionando-se com o aumento da produção dos gases intestinais", destaca Fernando, especialista em cirurgia do aparelho digestivo.

Intolerância à lactose é causa bem comum

"No caso de intolerância a alguns alimentos, a lactose é a mais comum. Como o indivíduo não tem uma enzima específica que digere o açúcar do leite, quando a pessoa ingere algum alimento que tem lactose, parte do açúcar do leite passa para o intestino sem a devida digestão. Ao entrar em contato com as bactérias da flora intestinal acontece a fermentação e, consequentemente, a produção excessiva de gases, podendo causar até diarreia", explica Eduardo Usuy Jr., gastroenterologista e endoscopista pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Intolerância à frutose

"Outra causa que pode formar o excesso de gases é a intolerância à frutose, que é um tipo de açúcar presente nas frutas e também em vários alimentos industrializados, especialmente aqueles com xarope de milho. Outra causa da flatulência excessiva é a síndrome do supercrescimento bacteriano no intestino delgado. Os sintomas e as causas são semelhantes, como dor abdominal e a conhecida sensação de estufamento", reforça Eduardo Usuy Jr.

DIAGNÓSTICO

"No entanto, o diagnóstico pode ser feito por um exame chamado teste do hidrogênio expirado, no qual a pessoa sopra em um aparelho que identifica se há aumento de hidrogênio, que é o gás produzido quando as bactérias do intestino fermentam um alimento em excesso. O tratamento é feito com antibióticos específicos. Mas hoje a gastroenterologia está bem avançada neste assunto e oferece o cuidado correto para melhorar a qualidade de vida do paciente", diz Eduardo.

Tratamento

"Primeiro, o tratamento é feito com a restrição de alimentos com lactose, se for identificada a intolerância a esta substância. Além disso, é importante regular a flora bacteriana com o uso de antibióticos (nos casos de flora aumentada)", ressalta Fernando Valério, especialista em cirurgia do aparelho digestivo e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).

Alimentos "amigos do intestino" x vilões

Antes de tudo, é importante realizar uma avaliação nutricional completa para identificar quais alimentos podem desregular o intestino. De forma geral, o mamão papaia é um alimento bem conhecido por "soltar o intestino"."É um alimento laxante. A papaína, substância presente em sua composição, estimula a mucosa intestinal de maneira natural, o que facilita os movimentos de expulsão das fezes", explica a nutricionista Paula Castilho.Já alimentos considerados vilões do intestino preguiçoso são os de fast-food, refrigerante e doce. "Evite ainda feijão, repolho e cebola, pois causam desconforto, espasmos e inchaço. Além disso, procure não exagerar na quantidade de café ingerida e de outras bebidas com cafeína porque elas "roubam" os líquidos necessários do corpo. Adote ainda uma alimentação balanceada rica em fibras, frutas, vegetais e beba bastante água", completa Paula.

 Fonte: http://www.msn.com/pt-br/saude

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